02 março 2005

Guerreira

Ela não pensou duas vezes antes de enfrentar o dragão. A desvantagem era tão explícita que um suicídio foi cogitado.

Apenas duas flechas era muito pouco para destruir a ameaça. A amazona testava os limites da sanidade; a confusão com a coragem era um cotidiano.

O que não parecia letal, se tornou. O tempo de adversidade foi um grande professor, só por não destruir. A fera tomba ainda viva, com olhar incrédulo no ocorrido.

Pode-se dizer que a segunda flecha da guerreira foi usada como golpe de misericórdia, estranho sentimento que surge diante da submissão inimaginável. Talvez por isso ela tenha chorado.