18 julho 2005

Ele

Ele é quem consegue colocar o parafuso no encaixe. Possui a paciência necessária para achar o óbvio, mas que por teimosia parece fugir dos frustrados executores. Monopoliza a preocupação positiva, que é aquela que vem sempre fundida com a ação, e ainda se dá ao luxo de chegar com respostas prontas para perguntas que ainda estão sendo formuladas. Contraditório ao gargalhar dos maiores absurdos, enquanto mantém uma postura sempre séria diante de qualquer situação que coloque em perigo o seu meio. A confiança que adquiriu foi em virtude do espelho que refletia um estímulo que acabava por contaminar toda uma equipe que se surpreende diariamente com o senso de humor, a postura camaleônica, o não comodismo e o temperamento dúbio, mas sem nenhum lado maldoso - talvez apenas oscilação de humor.

A voz não se modifica, mantém sempre o tom baixo; parece se esforçar para ensinar que as grandes vitórias devem ser silenciosas ou no mínimo discretas; estudadas, sim, mas jamais inibidas por riscos rotineiros.

Vários mundos em cada pensamento que se sentam juntos para tentar se encaixar em um consenso complicado, uma guerra de virtudes e defeitos. E por tudo isso, se faz necessária a presença de um bom mediador.

O nome do nosso é Daniel Yokota.