02 dezembro 2007

As histórias de Sam

Olhar ao redor e ver coisas, coisas diferentes, coisas parecidas, coisas que possuem vida e coisas que apenas possuem formato. Cores, muitas cores. Muitas informações soltas, muitos sentidos diferentes. Muitas coisas. Excesso, excesso demais, o tempo poderia ir um pouco mais devagar, não acha, Sam? E o bem estar? Vou me sentar ao seu lado, Sam. Vou me sentar e ouvir atentamente as suas histórias.

Você me diz que a realidade é o momento em que você me diz palavras de opinião e me relata os seus contos. Ontem não existe mais, apenas a lembrança. Sam, é muito bom viver, não é? Vamos, me proponha. Me convide para apenas sentir, para apenas ser. Me convide para dormir muito, para comer guloseimas gostosas, para transar devagar no escuro, para rir de bobagens sem sentido, para apreciar odores. Eu aceito o seu convite, Sam.

Me proponho a ficar em silêncio na maior parte do tempo. Buscarei observar apenas. Vou preferir não estabelecer comunicação, acho que assim entendo melhor minhas próprias opiniões.

Sam, você abriu os meus olhos, sabia? Vou usar melhor a minha língua e prestar mais atenção nas reações de minha pele. O frio não vai mais passar despercebido. Aliás, a pele terá total atenção minha.