05 julho 2005

Chamas, comédia e tédio

A musa se deitou para arrogar-se totalmente aos prazeres carnais. Cheiro que entregava explicitamente o desejo; simplicidade e ternura. O macho cercava tornando o ritual sensual em total provocação. O uniforme tinha ficado para trás, apenas a essência se fazia notar. O lençol de seda começava a se mover com cada vez mais freqüência e os olhos que se encontravam esporadicamente, estacionam frente a frente.

Os olhos do macho lacrimejavam exibindo certa vergonha, mas era inevitável. Por alguns instantes quis se livrar do seu papel social e se entregou à verdade dúbia.

Ela, depois de assistir atentamente ao rito de honestidade, caiu em uma barulhenta gargalhada enquanto o falo do Shiva já se encontrava nas entranhas. Ele não resistiu muito tempo diante daquela atitude que supunha ser uma conseqüência do prazer. Ao questionar o motivo, recebeu um olhar brilhante e uma aproximação de face: "Eu sou soro positiva", cochichou no seu ouvido a bela fêmea.

A gargalhada continuou...