21 abril 2005

O amor e o limbo

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Enquanto os olhos azuis lacrimejavam, ela encostava sutilmente no pescoço e assoprava; mescla de carinho e sexualidade. Era estranho o cheiro de enxofre que pairava no ar, contraste complexo. Teria o limbo algo de sensual?

Então uma delas vomitava compulsivamente, odor estranho se misturando ao presente. Os olhos se cruzavam, pedidos silenciosos de respostas dúbias, interpretativas. Com o choro cada vez mais intenso, as belas se sentaram lado a lado e sem que nenhuma palavra fosse mencionada, se banhavam na mistura de lágrimas e vômito. Vagarosamente, acariciavam os seios uma da outra, lábios se encostavam, saliva dividida. O odor de enxofre cada vez mais forte. Os orgasmos chegaram ao mesmo tempo.

Amor. Estado puro, infame, insano, desregrado, sem lei... Asqueroso. Essência.

A pureza deve ser categoricamente profana.

E as belas provaram isso.