É bem verdade que estar só é uma escolha e que ser uma pessoa solitária é algo muito mais complexo. Eu sempre gostei de ficar sozinho. É um exercício de autoconhecimento, as decisões e análises fluem com menos interrupções e não se contaminam por uma segunda opinião.
Mesmo que raramente eu me sinta solitário, certas ausências conseguem passar uma sensação de abandono incrível. É o que chamo de item insubstituível; eu já tinha noção de qual seria o meu, mas ainda assim, fico surpreso com a apatia que me causa a ausência da minha mulher.
Uma simples viagem, apenas vinte dias de ausência. Teoricamente é uma bobagem, mas na prática, as sensações infanto-juvenis de carência, isolamento e saudade, são tão bobas quanto reais.
Eu realmente sinto muita falta de Paula, sua ausência não me causa mal, mas me tira a empolgação para agir.
Bem, isso é amor, não é?