Sempre aprendo algo com as minhas enxaquecas. Depois que parei de tomar remédios, elas se tornaram cada vez mais raras; e como toda beleza possui um toque de feiúra, quando elas resolvem aparecer, me pergunto se vale a pena estar vivo.
Nesses casos, minha veia masoquista se manifesta em forma de valor. Já que eu tenho que passar por certas coisas terríveis na minha existência – nesse caso, resumo essa teoria na enxaqueca absurda que tive esse fim de semana -, me sinto bem em ter escolhido viver, em vez de estar vivo.